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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

FALANTE NATIVO versus FALANTE NÃO-NATIVO

        O significado é construído a partir da ligação entre língua e cultura no processo comunicativo. Conforme defende Krasmch (2009), a língua não pode ser vista apenas como um código linguístico, mas também como um sistema simbólico, que expressa, incorpora e ao mesmo tempo simboliza a realidade cultural. Diante disso, como se reflete a dicotomia entre falante nativo (intuitivo) e falante não-nativo nas práticas discursivas? Há sentimento de superioridade por parte dos nativos por dominar a língua e os aspectos culturais que a envolvem?
             Baseado no artigo "O falante nativo de inglês versus o falante não-nativo: representações e percepções em uma sala de aula de inglês" da Prof.a. Dra. Carla Janaina Figueredo (UFG). IN: Linguagem & Ensino, Pelotas, v.14, n.1, p.67-92, jan./jun. 2011, escreva suas reflexões sobre os questionamentos supracitados.


13 comentários:

  1. Para Chomsky (1965), o falante nativo é o único qualificado para julgar a gramática da língua e devido a isso é considerado uma autoridade máxima, por conhecer bem sua língua. Essa afirmação desencadeou alguns entraves para este conceito de definição do falante nativo, alguns desses conceitos defendidos por Chomsky são: O falante nativo aplica as regras que governam sua língua de modo implícito, próprio da percepção humana e de seu comportamento. Ele utiliza sua competência comunicativa espontaneamente, além de usar criatividade ao realizar o ato da fala, ou seja, ele não fica preso às normas do sistema. Essas afirmações de Chomsky não são totalmente aceitáveis, pois, sabe-se que um individuo não adquire competência absoluta de uma língua apenas por tê-la como primeira língua. Essa competência absoluta tem sido reconhecida por muitos como um mito. A língua inglesa atualmente adquiriu um status inquestionável e com sua expansão encontramos mais falantes não nativos do que nativos. Na pesquisa feita com os alunos do curso "Oral/written communication in English, percebe-se que alguns aprendizes acreditam que os falantes nativos são superiores aos não nativos, entretanto, o falante nativo não pode ser reconhecido como detentor absoluto de uma língua, apenas por nascer no país de tal. Widdowson (1994) declara que um indivíduo só se torna proficiente de uma língua a partir do momento em que ele se apropria de suas potencialidades, inclinando-a às suas próprias vontades e impondo-se sobre ela. Podemos concluir que o diálogo entre alunos e o professor é um fato muito importante para o desenvolvimento do aprendizado em língua estrangeira e também para reverem às concepções que cada um tem acerca dos falantes e de suas variedades linguísticas.

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    1. Lorena, como você mencionou, esse "diálogo é importante para.. rever nossas próprias concepções acerca dos falantes e de suas variedades linguísticas". Gostaria de saber quantas as suas concepções, elas foram desconstruídas ou reforçadas, depois dessas reflexões?

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  2. Analisando o artigo em questão é possivel desenvolver alguns conceitos ,tais como o de que o falante nativo da língua inglesa sempre terá vantagem sobre o falante não nativo, por trazer consigo de forma internalizada toda a bagagem histórica e cultural de sua língua mãe como nos afirma Medgyes:

    “aqueles que usam o inglês como sua primeira língua possuem uma vantagem sobre aqueles que a adotam como língua estrangeira. A meu ver, essa vantagem é tão substancial que não pode ser superada por simples fatores que compõem o contexto de aprendizagem, tais como motivação, atitude, perseverança, experiência, educação, ou qualquer outra coisa. Em outros termos, apesar de todos os seus esforços, os falantes não-nativos nunca poderão alcançar a competência de um falante nativo”, (Medgyes, 1992, p. 343).

    É claro que qualquer estudante pode obter fluência no uso da língua estrangeira, mas nunca chegará ao nível de domínio deste idioma no que diz respeito ao conhecimento das regras e abrangência que um falante nativo tem.

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    1. Eliene, essa é apenas uma das vertentes, há estudiosos que consideram possível o aprendiz se especializar e tornar tão proficiente na língua em estudo quanto um falante nativo. Como defende Rajagopalan (2004, p.117), "o falante nativo de inglês propriamente dito não é portanto, um usuário privilegiado desse sistema linguístico de caráter internacional... visto que eventualmente seu desempenho pode até ser inconsistente no que diz respeito ao cumprimento de certas habilidades concernentes à língua".

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  3. O falante nativo sabe as regras existentes na sua língua, e possuir uma facilidade de cria frases espontâneo, enquanto que o não nativo possuir alguma dificuldade para cria frases espontânea, mas quando é preciso ensinar para o aluno as crenças, valores e mundo cultural. O não nativo consegue explicar com mais clareza. Pois o não nativo aprendeu a língua e as regras não “nasceu” com ela, para se torna um especialista em LE.

    Javanna Aida

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    1. Javanna, nessa relação dicotômica entre falante nativo e não-nativo, que estudiosos defendem essas ideias apresentadas por você?

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  4. De acordo com o artigo da Prof. Dra. Carla Janaina Figueredo "O falante nativo de inglês versus o falante não-nativo: representações e percepções em uma sala de aula de inglês" Para ela, e necessário que o falante não nativo aprendam de forma clara e correta, pois há uma necessidade de falarmos uma mesma língua mundialmente, mas ela estabelece que nunca uma pessoa não nativa terá a mesma fluência na entonação da língua, pois o nativo em língua inglesa se sobressair nos momentos de mudança de região pra região, de classe social, e o não nativo encontra dificuldades nesse momento.
    O teórico Medgyes é um exemplo típico que reflete bem essa questão dicotômica do falante nativo de inglês ser, absolutamente, superior ao não-nativo. Na visão do autor, “aqueles que usam o inglês como sua primeira língua possuem uma vantagem sobre aqueles que a adotam como língua estrangeira. A meu ver, essa vantagem é tão substancial que não pode ser superada por simples fatores que compõem o contexto de aprendizagem, tais como motivação, atitude, perseverança, experiência, educação, ou qualquer outra coisa. Em outros termos, apesar de todos os seus esforços, os falantes não-nativos nunca poderão alcançar a competência de um falante nativo (Medgyes, 1992, p. 343)”. Por isso é preciso que o professor saiba como avaliar e repassar o conhecimento para que todo o aprendizado de uma língua não nativa seja proveitoso e sirva de estimulo para que nossos alunos tenham interesse de buscar e aprender com esforço, sabendo que mesmo não tendo o mesmo domínio culto e regional local daquela língua ele poderá se comunicar em qualquer lugar e ocasião, com pessoas do mundo todo.

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    1. Laiane, existem outros estudiosos que refutam a ideia do "mito da superioridade". Como bem mencionastes a formação do professor é fundamental.

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  5. No artigo intitulado “O falante nativo de inglês versus o falante não-nativo: representações e percepções em uma sala de aula de inglês”, Carla Janaina Figueredo propõe uma reflexão sobre algumas representações em torno do falante nativo de inglês e do falante não-nativo para que se compreendam as práticas discursivas de um professor de inglês e de seus alunos. Segundo Chomsky (1965, pag.68) “O uso da língua nativa pelo seu falante é altamente marcado pela criatividade. Em outras palavras, o falante nativo não se encontra subjugado pelas normas do sistema, ele também pode, ativamente, produzir sentenças inéditas por meio das regras já existentes e, da mesma forma, criar o seu próprio sistema.”.
    No entanto, ainda nos deparamos com o mito da idealização de que a figura do falante nativo se coloca como superior em relação ao falante não-nativo nos contextos em salda de aula de L2. Sendo que, de fato hoje encontramos mais falantes não-nativos do que nativos da língua inglesa. Para Widdowson (1994, pag.70) “Um indivíduo só se torna proficiente em uma língua a partir do momento em que ele se apropria de suas potencialidades, inclinando-a as suas própria vontades. [...]”.
    Contudo, A autora conclui que as práticas discursivas de professores e alunos sugerem a urgência da problematização dessa dicotomia no contexto da sala de aula de língua estrangeira.

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  6. Lendo o artigo “O falante nativo de inglês versus o falante não nativo: representações e percepções em uma sala de aula de inglês”, desenvolvido por Carla Janaina Figueredo percebemos algumas representações em torno do falante nativo de inglês e do falante não nativo, essas representações transmite-nos uma reflexão a respeito do assunto juntamente com a integração docência. Para Chomsky (1965). “O falante nativo também se utiliza de sua competência comunicativa espontaneamente, isto é, o seu conhecimento dos traços sociais, funcionais, afetivos e contextuais da língua é, semelhantemente ao seu componente linguístico, intuitivo”.
    A autora afirma que “O reconhecimento por parte do falante não nativo de inglês acerca de sua legitimidade é o que, certamente, lhe auxiliará na apropriação da L2/LE, isto é, a língua-cultura alvo será para ele o instrumento de expressão de suas identidades culturais, valores, crenças, ideias e opiniões” (Figueredo, 2007).
    Portanto chegamos a conclusão de que há uma pequena variante entre os falantes nativos e não nativos, e a diversidade existente nas dimensões linguísticas e socioculturais dos sujeitos nos aponta para a necessidade de compreendermos que a formação de falantes multicompetentes se dá por meio de seu diálogo e interação com o outro, e da mesma forma ocorre com o professor e o aluno, é necessário essa interação para que haja um resultado produtivo.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Como dito, a autora Carla Janaina Figueredo apresenta uma série de apresentações em torno do falante nativo de inglês e do falante não-nativo. Dentro desse estudo, a autora cita que o falante nativo conhece intuitivamente as regras que governam sua língua e as aplica sem, contudo, estar consciente delas. Isso não nos permite afirmar que existe uma "competência absoluta" da língua.
    Para Widdowson (1994), a língua produzida em sala de aula possui características de autenticidade desde que sua aprendizagem nesse contexto seja especialmente direcionada para o universo único do aluno, e não para o mundo dos falantes nativos dessa língua. O importante, nessa perspectiva, é fazer com que os aprendizes sejam autônomos e assumam suas próprias identidades, sem a imposição autoritária de um modelo de comportamento exterior.
    O importante, nesse caso, é valorizar as produções dos alunos, já que não é possível que ele chegue a um mesmo patamar, ou mesmo superior, ao de um falante nativo, sem impormos um conjunto de sistemas complexos e, com isso, levá-los à desmotivação.

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